Introdução
Os traços de personalidade influenciam as respostas dos bezerros leiteiros a doenças, dor e desafios nutricionais. Ao compreender esses traços e implementar estratégias de gerenciamento eficazes, os produtores podem aumentar o bem-estar dos bezerros e reduzir o estresse dos animais, da mão de obra e dos proprietários da fazenda.
Entendendo os traços de personalidade do bezerro
Pesquisas recentes mostraram que os bezerros leiteiros apresentam traços de personalidade distintos que afetam suas respostas a vários fatores de estresse. Essas características incluem:
- Medrosos: Bezerros que são mais cautelosos e mais lentos para se aproximar de novos estímulos.
- Ativos: Bezerros que são mais enérgicos e exibem níveis mais altos de movimento.
- Exploradores: Bezerros curiosos e que interagem mais com seu ambiente.
O reconhecimento dessas características pode ajudar os fazendeiros a adaptar suas práticas de manejo para melhor apoiar os bezerros individualmente.
Impacto da personalidade nas respostas ao estresse
Os bezerros enfrentam rotineiramente fatores estressantes, como doenças (por exemplo, diarreia), procedimentos dolorosos (por exemplo, descorna) e desafios nutricionais (por exemplo, desmame). O estudo descobriu que os traços de personalidade influenciam significativamente a forma como os bezerros respondem a esses estressores:
- Diarreia: Os bezerros com medo apresentaram maiores mudanças na ingestão de leite e na velocidade de beber, enquanto os bezerros ativos apresentaram mudanças nos níveis de atividade.
- Descorna: Os bezerros exploradores tiveram menos interrupções nos comportamentos de alimentação e nos períodos de repouso, indicando melhor resistência à dor.
- Desmame: Os bezerros ativos tiveram menos visitas não recompensadas ao comedouro, o que sugere uma melhor adaptação à transição do leite para o alimento sólido.
A compreensão dessas respostas pode ajudar os produtores a identificar os bezerros que podem precisar de apoio adicional durante períodos estressantes.
Implicações práticas para os agricultores
Ao incorporar o conhecimento dos traços de personalidade dos bezerros nas práticas de manejo, os produtores podem melhorar o bem-estar dos bezerros e reduzir o estresse. Aqui estão algumas dicas práticas:
1. Planos de alimentação sob medida: Ajuste as estratégias de alimentação com base nos comportamentos individuais dos bezerros. Por exemplo, forneça apoio adicional aos bezerros medrosos durante o desmame para garantir a ingestão adequada de alimentos sólidos.
2. Controle da dor: Implemente protocolos abrangentes de controle da dor durante procedimentos como a descorna. Bezerros exploradores podem se beneficiar de monitoramento adicional para garantir que permaneçam confortáveis.
3. Monitoramento de doenças: Use tecnologias de pecuária de precisão para rastrear mudanças de comportamento e identificar os primeiros sinais de doenças. Os bezerros ativos podem exigir uma observação mais atenta durante os períodos de doença.
4. Enriquecimento ambiental: Ofereça oportunidades para os bezerros explorarem e interagirem com seu ambiente. Isso pode ajudar a reduzir o estresse e promover comportamentos positivos.
Benefícios do manejo aprimorado de bezerros
O manejo eficaz de bezerros não apenas melhora o bem-estar dos animais, mas também oferece vários benefícios aos produtores:
- Redução do estresse: Ao atender às necessidades específicas de cada bezerro, os produtores podem minimizar o estresse dos animais e deles próprios.
- Produtividade aprimorada: Bezerros saudáveis e bem manejados têm maior probabilidade de se tornarem adultos produtivos, contribuindo para o sucesso geral da fazenda.
- Bem-estar aprimorado: A promoção de comportamentos positivos e a redução de fatores estressantes resultam em melhor bem-estar geral para os bezerros.
Este resumo é baseado nos resultados do estudo original:
Você está pronto para um desafio? Os traços de personalidade influenciam as respostas dos bezerros leiteiros a doenças, dor e desafios nutricionais
M.M. Woodrum Setser, H.W. Neave, J.H.C. Costa
Journal of Dairy Science, Volume 107, Edição 11, 2024, Páginas 9821-9838, ISSN 0022-0302, https://doi.org/10.3168/jds.2023-24514.